A diretora do grupo RT, Margarita Simonian, comentou sobre a recente decisão dos EUA de impor sanções ao grupo de mídia Rossiya Segodnya, RT, RIA Novosti, Sputnik e Ruptly, que acusa de influenciar a eleição presidencial de 2024 nos EUA.
"Trabalhar com jovens, com diferentes minorias, como eles tentam fazer aqui, eles consideram isso um trabalho para a glória da liberdade e da justiça. Mas nós não temos permissão para fazer isso. Acontece que foi ótimo valorizar a liberdade de expressão quando era sua liberdade de expressão. E quando se descobriu que outra pessoa poderia usar a liberdade de expressão, e as pessoas não ouviriam sua palavra, mas a palavra de outra pessoa, isso se tornou muito assustador. O procurador-geral e o FBI tiveram de ser envolvidos", declarou Simonián.
A jornalista ressaltou que Washington promove a liberdade de expressão somente quando é de seu interesse e tenta sufocar qualquer opinião divergente. Apesar de todas as restrições contra a RT, o canal continua trabalhando nos países que até mesmo proibiram suas transmissões, disse Simonian, observando que a popularidade da agência de notícias até mesmo aumentou nesses países. Além disso, a diretora do grupo RT criticou os esforços das organizações não governamentais ocidentais para influenciar a opinião pública em outros países.
Na quarta-feira, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, por sua sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos EUA introduziu sanções contra 10 indivíduos e duas entidades "como parte de uma resposta coordenada do governo dos EUA aos esforços de influência maligna de Moscou visando a eleição presidencial de 2024 nos EUA". As novas medidas restritivas também afetaram Simonian, a quem a agência dos EUA acusou de ser "uma figura central nos esforços de influência maligna do governo russo", e outros executivos seniores do RT Group.