O ex-presidente dos EUA e candidato republicano à presidência, Donald Trump, afirmou que as medidas punitivas que Washington impõe contra seus adversários não são inofensivas para o bem-estar do próprio país, pois prejudicam sua moeda nacional.
"Eu era um usuário de sanções, mas eu as aplicava e as retirava o mais rápido possível porque, em última análise, elas matam o dólar", declarou o político durante um discurso em Nova York na quinta-feira.
"Elas matam tudo o que o dólar representa, e temos que continuar a ter o dólar como moeda global. Acho que é importante. Acho que estaríamos perdendo uma guerra se perdêssemos o dólar como moeda global. Acho que isso seria o equivalente a perder uma guerra, algo que nos transformaria em um país do terceiro mundo e não podemos deixar isso acontecer", ressaltou Trump.
O republicano enfatizou que usou "sanções muito poderosas contra países que as merecem" e depois as removeu. "Porque, veja bem, eles estão perdendo o Irã, estão perdendo a Rússia. A China está lá fora, tentando fazer de sua moeda a moeda dominante. E você sabe melhor do que ninguém todas essas coisas que estão acontecendo", disse.
De acordo com as palavras dele, os EUA hoje "estão perdendo muitos países porque há muitos conflitos com todos eles", o que, em sua opinião, não deveria estar acontecendo. "É por isso que eu quero usar as sanções o mínimo possível", concluiu.
"Nós os forçamos a se afastar de nós"
No final de julho, Trump já havia revelado que não apoiava as sanções. "O que estamos fazendo com as sanções é forçar todos a se afastarem de nós", disse. Ele também deixou claro que não apoia os esforços dos EUA para "punir" Moscou por sua operação especial na Ucrânia.
"Ações não profissionais e estúpidas"
Em 5 de setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o Ocidente já percebeu que cometeu um grande erro com suas ações insensatas, pressionando os países a abandonar o dólar. "As prioridades no uso de certas moedas estão mudando", ressaltou.
“As autoridades financeiras e políticas da Europa e dos Estados Unidos estão conduzindo esse processo com ações que não são apenas descuidadas, mas também pouco profissionais e estúpidas. Acho que agora eles percebem que cometeram um erro”, acrescentou.