Macron nomeia seu novo primeiro-ministro
O presidente da França, Emmanuel Macron, nomeou nesta quinta-feira o ex-negociador da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, como novo primeiro-ministro do país, após mais de 50 dias de governo interino, informou o gabinete presidencial. Macron encarregou Barnier de "formar um governo unificador para servir o país e o povo francês", segundo o anúncio da nomeação.
Barnier, de 73 anos, terá a tarefa de formar e liderar o novo governo, que enfrentará forte resistência dos oponentes de Macron no Parlamento, onde espera-se que haja objeção às suas iniciativas.
O presidente garantiu que o primeiro-ministro e o futuro governo "reunirão as condições para serem tão estáveis quanto possível, e darão a oportunidade de reunir uma ampla maioria".
Reações à nomeação
O partido da direita nacionalista da França "Rassemblement National" (RN, na sua sigla em francês),que reúne um dos maiores blocos parlamentares após as eleições antecipadas de julho, revelou que estava "tomando nota" da nomeação.
"Julgaremos seu discurso de política geral, suas decisões orçamentárias e sua ação com base nos resultados. Pediremos que as principais emergências dos franceses sejam finalmente resolvidas: poder de compra, segurança e imigração, e nos reservamos todos os meios políticos de ação se isso não acontecer nas próximas semanas", alertou Jordan Bardella, presidente da RN.
Por sua vez, Jean-Luc Mélenchon, da esquerda, expressou que a nomeação mostrava que o resultado das eleições parlamentares de julho havia sido roubado. Nesse sentido, o líder do partido France Insoumise convocou protestos de rua para o próximo sábado.