Os governos do Brasil e da Colômbia divulgaram na terça-feira um comunicado conjunto manifestando "profunda preocupação" com a ordem de prisão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia.
Segundo as chancelarias de ambos os países, a medida judicial, emitida em 2 de setembro, afeta "gravemente" os compromissos estabelecidos pela Venezuela nos Acordos de Barbados, nos quais governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência.
Além disso, de acordo com o comunicado, a ordem de apreensão dificulta a busca por uma solução pacífica baseada no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas".
Mandado de prisão contra Edmundo González
Na segunda-feira, o sistema judiciário venezuelano emitiu um mandado de prisão para o ex-candidato presidencial Edmundo González, depois que ele não compareceu a três convocações emitidas pelo Ministério Público.
De acordo com o documento divulgado pelo órgão nas redes sociais, González Urrutia está sendo investigado pelos crimes de usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, instigação à desobediência às leis, sabotagem de sistemas, danos, associação e conspiração.
A Promotoria havia alertado que, após a terceira ausência, o "perigo de fuga" e a "obstrução" seriam considerados, de modo que seria emitido um mandado de prisão contra González.