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Maduro elogia suspensão do X no Brasil

O presidente da Venezuela declarou ainda ser importante que "as decisões das Supremas Cortes de cada um dos países sejam soberanas e respeitadas".
Maduro elogia suspensão do X no BrasilGettyimages.ru / Pedro Rances Mattey/Anadolu

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expressou apoio ao bloqueio do X no Brasil em seu programa "Con Maduro +" na segunda-feira, afirmando que a medida do STF foi tomada em defesa da sociedade brasileira. 

É muito importante que as decisões das Supremas Cortes de cada um dos países sejam soberanas e respeitadas. No caso do Brasil, o STF tomou a decisão de impor a soberania no espaço brasileiro, a soberania do Estado brasileiro, para proteger a sociedade brasileira.

Em 9 de agosto, o mandatário venezuelano anunciou que, a pedido da Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel), assinou um decreto para suspender as operações da rede social X, de propriedade do bilionário Elon Musk, afirmando que a plataforma foi usada para incentivar a violência pós-eleitoral no país por meio da disseminação de "conteúdo de ódio"

Musk x STF

Em 17 de agosto, a rede social X anunciou, por meio de sua própria platafoma, o encerramento das atividades de seu escritório no Brasil. Segundo um comunicado divulgado, a motivação seria por "ameaças de prisão" de seus representantes legais no Brasil por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, caso eles "não cumprissem ordens de censura", diz o texto.

Na última quinta-feira, Moraes, ordenou o bloqueio dos recursos financeiros da empresa Starlink Holding, pertencente ao bilionário Elon Musk. No dia seguinte, Moraes determinou a suspensão da rede social em território nacional e estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil para os brasileiros que acessarem a plataforma através de "subterfúgios tecnológicos" como o VPN.

A decisão de Moraes foi referendada pela 1ª Turma do STF, que decidiu por unanimidade apoiar a determinação do ministro de suspender o X no Brasil. Além de Moraes, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux também votaram a favor da medida.