Notícias

Ocidente sempre teve a intenção de destruir a Rússia, declara Lavrov

De acordo com o chanceler russo, a Rússia hoje desempenha um papel de "contrapeso na política internacional", fazendo frente a 50 países "reunidos sob bandeiras nazistas".
Ocidente sempre teve a intenção de destruir a Rússia, declara LavrovLegion-media.ru / ZUMA Press

"A política ocidental em relação ao nosso país sempre consistiu em um fato de sermos fortes e independentes demais, e é preciso fazer 'algo' a esse respeito, idealmente 'destruir'. A história está se repetindo", afirmou na segunda-feira o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, no seu discurso na universidade russa MGIMO, subordinada ao Ministério das Relações Exteriores russo.

Lavrov também recordou as palavras do presidente Putin sobre a política de países ocidentais notando que "atualmente, a ponta de lança é dirigida contra a Rússia e que "querem um espaço dependente, em declínio e que está morrendo, onde possam fazer o que quiserem".

"Com esse objetivo, eles se reuniram numa coalizão de cerca de 50 países para tentar desestruturar a Rússia. Napoleão e Hitler, que também militarizaram quase toda a Europa, já se engajaram nessa tarefa", observou o chanceler russo, lembrando a história da nação. "Hoje, esses 50 países estão mais uma vez reunidos contra a Rússia sob bandeiras nazistas", acrescentou.

O papel da Rússia

Lavrov explicou que a Rússia não foi o único alvo das políticas ocidentais, citando "vários exemplos". Assim, de acordo com o chanceler,"Washington está tentando ativamente impedir o desenvolvimento da China" e procura "implementar a lógica do confronto de blocos" na região da Ásia-Pacífico. 

Nesse contexto, a Rússia "como potência mundial, desempenha um papel de contrapeso na política internacional", disse Lavrov, declarando que o seu país não vai fazer parte de vários "esquemas" criados sem sua participação e sem levar em conta os interesses russos. "Nos empenhamos em fortalecer a parceria estratégica com a China, a Índia, o Brasil e todos os outros parceiros que pensam da mesma forma", manifestou o diplomata.