
Mongólia: "A Rússia será um líder na garantia de paz, segurança e prosperidade para toda a humanidade"

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo da Mongólia, Ukhnaagiin Khurelsukh, realizaram uma coletiva de imprensa conjunta ao final de suas conversas em Ulaanbaatar, onde o líder russo está em uma visita oficial.
Após assinar uma série de acordos bilaterais em vários campos, Khurelsukh disse que a Rússia é "um dos principais parceiros comerciais" da Mongólia, apontando para o aumento do volume de comércio entre os dois países nos últimos anos.
"Fico feliz em observar que as relações tradicionais de amizade e cooperação entre os povos de nossos dois países, que são vizinhos eternos, foram fortalecidas ao longo do tempo [...] e agora estão no nível de uma parceria estratégica abrangente", disse.
O líder mongol enfatizou que a visita de Putin é de "grande importância" para "enriquecer as relações amistosas e a cooperação mutuamente benéfica entre os dois países", especialmente para o desenvolvimento da cooperação nas esferas de combustível, energia, transporte, meio ambiente, cultura, educação, saúde e humanitária.
Ele acrescentou que Ulaanbaatar é a favor do desenvolvimento e da expansão da cooperação com Moscou "dentro da estrutura de sua política externa pacífica, independente, aberta e multivetorial". "Estamos confiantes de que nosso eterno vizinho, a Federação Russa, será um líder no estabelecimento da paz, segurança, desenvolvimento sustentável e prosperidade da humanidade", declarou.
Vínculos comerciais e de investimento mutuamente benéficos
Por sua vez, o presidente russo também elogiou o desenvolvimento das relações entre Moscou e Ulaanbaatar, dizendo que, entre a ampla gama de questões abordadas durante as conversas, "foi dada muita atenção ao estabelecimento de laços comerciais e de investimento mutuamente benéficos". O mandatário observou que, nos primeiros sete meses deste ano, o volume de comércio entre a Rússia e a Mongólia aumentou em mais de 21%. Ele enfatizou que os acordos comerciais entre os dois países já são quase inteiramente realizados em moedas alternativas ao dólar e ao euro.
Putin acrescentou que o estabelecimento de contatos estreitos entre a Mongólia e a União Econômica Eurasiática (EEU), formada pela Rússia e várias ex-repúblicas soviéticas, "sem dúvida contribuirá" para o desenvolvimento das relações econômicas. Khurelsukh anunciou que Ulaanbaatar e a EEU já concordaram em assinar um acordo temporário de livre comércio.

De acordo com o presidente, a Rússia fornece há muito tempo e de forma confiável à economia mongol os recursos energéticos de que ela necessita, observando que, no ano passado, mais de 90% da gasolina e do diesel foram entregues ao mercado mongol pelo país eurasiano. "Sempre respondemos às solicitações de nossos amigos mongóis para ajudar a atender à crescente demanda por combustíveis e lubrificantes, mesmo em condições favoráveis", disse.
Ele também destacou as "boas perspectivas" de cooperação no setor de gás, acrescentando que o trabalho ativo já está em andamento no projeto do novo gasoduto russo Soyuz Vostok, com quase 1.000 quilômetros de extensão, que conectará a Rússia, a Mongólia e a China. "Não se trata apenas do trânsito do gás russo pela Mongólia, mas também da possibilidade de abastecer os consumidores mongóis", enfatizou.
Referindo-se à cooperação militar-técnica e antiterrorista, o presidente disse que "a cooperação russo-mongol nessas áreas contribui para garantir a segurança na Ásia". Ele também afirmou que "a discussão da agenda internacional confirmou que as posições da Rússia e da Mongólia em muitas questões globais atuais são próximas".
Entre outras coisas, Putin saudou o fato de que os jovens mongóis estão interessados em estudar na Rússia, observando que Moscou aloca anualmente uma das maiores parcelas de bolsas de estudo universitárias para o país. Ele acrescentou que é "importante para a Rússia que os mongóis amem e aprendam o idioma russo" e enfatizou que o bom sistema de ensino de russo na Mongólia "abre enormes oportunidades para adquirir conhecimento e aprofundar as relações comerciais, científicas e culturais entre os dois países".
