O presidente da Venezuela manifestou na segunda-feira no seu programa "Con Maduro +" que os EUA estavam interessados em "destruir" a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) para desestabilizar a região. Ele recordou a tentativa de golpe denunciada na semana passada pela presidente de Honduras, Xiomara Castro, afirmando que o caso faz parte dessa estratégia.
"Esse golpe de Estado que ela [Castro] está denunciando é contra o governo das forças progressistas e revolucionárias de Honduras, mas também é contra a CELAC. Há um objetivo que eu venho denunciando, um objetivo dos gringos, que é destruir a CELAC, dividir toda a América Latina e o Caribe, e nos deixar sem uma ferramenta de independência e união", declarou Maduro, saudando também a "resposta" oferecida pelas "forças populares de Honduras", e ratificando o apoio de seu governo a Castro.
Interferência norte-americana
Na semana anterior, a presidente hondurenha classificou como um "intervencionismo" as declarações feitas pela embaixadora dos Estados Unidos em Tegucigalpa, Laura F. Dogu, após a diplomata ter acusado o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Roosevelt Hernández, e o ministro da Defesa, José Manuel Zelaya Rosales, de se reunirem com o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, que a embaixadora chamou de "traficante de drogas".
Maduro saudou a "resposta" oferecida pelas "forças populares de Honduras" e reiterou o apoio de seu governo a Castro. "Damos todo o nosso apoio e solidariedade a presidente Xiomara Castro e às forças populares dos Honduras diante dessa tentativa de golpe de Estado", disse ele.