A Hungria não pode sobreviver sem o petróleo russo, alertou o ministro das Relações Exteriores do país, Péter Szijjártó, enfatizando que a decisão da Ucrânia de suspender o trânsito representa um "sério desafio" para Budapeste.
Kiev suspendeu o trânsito de petróleo bruto fornecido pela gigante russa de energia Lukoil por meio do oleoduto Druzhba em junho, citando sanções. A medida atingiu diretamente a Hungria e a Eslováquia, sem litoral, privando-as do petróleo anteriormente exportado pela Lukoil através do território ucraniano.
Em uma entrevista ao jornal de negócios russo RBK na segunda-feira, Szijjártó disse que a Hungria ficará completamente privada de petróleo sem o fornecimento da Rússia.
"Se a Hungria parar de receber petróleo da Rússia, simplesmente não sobreviveremos, não conseguiremos alimentar o país em um sentido amplo, simplesmente não conseguiremos atender à demanda por combustível. Por quê? Porque não temos infraestrutura alternativa suficiente. Há outro oleoduto vindo da Croácia para a Hungria, da costa do Adriático, mas sua capacidade é insuficiente para abastecer a Hungria", declarou o chanceler.