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Coreia do Sul inicia investigação contra o Telegram

A polícia acusa a plataforma de "cumplicidade" na disseminação de pornografia "deepfake", e de não cooperar com a aplicação da lei.
Coreia do Sul inicia investigação contra o TelegramGettyimages.ru / Sopa Images

A polícia sul-coreana iniciou uma investigação contra o Telegram por suposta "cumplicidade" em crimes relacionados a imagens pornográficas "deepfake", informou nesta segunda-feira a agência de notícias Yonhap.

"Assim como na França, a Agência de Polícia Metropolitana de Seul lançou uma investigação prévia à acusação contra a empresa Telegram. As acusações estão relacionadas à cumplicidade nesse crime", anunciou o chefe da Agência Nacional de Investigação Criminal, Woo Jong-soo, em uma coletiva de imprensa na segunda-feira.

Ao mesmo tempo, Woo apontou as dificuldades da investigação, afirmando que a empresa não fornece "prontamente" dados relacionados a investigações sobre casos de pornografia "deepfake", assim como informações sobre as contas que publicam esse tipo de conteúdo, nem para a polícia sul-coreana, "nem para outras agências estatais de investigação, como as dos Estados Unidos".

Ele acrescentou que a polícia pretende cooperar com as autoridades francesas e instituições internacionais em sua investigação contra o Telegram.

Na terça-feira, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, pediu que os crimes sexuais digitais fossem investigados minuciosamente, após a mídia nacional ter informado que imagens e vídeos sexualmente explícitos de mulheres sul-coreanas criados com inteligência artificial eram frequentemente encontrados em bate-papos do Telegram.

  • A medida foi tomada no contexto da prisão do empresário de origem russa e cofundador da plataforma de mensagens, Pavel Durov, na França, onde foi acusado de 12 crimes ligados à "conspiração criminosa", incluindo crimes relacionados à pornografia.