O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu que a Alternative für Deutschland (AfD), da direita nacionalista, seja mantida fora do governo local após o sucesso do partido nas eleições regionais do fim de semana.
A AfD teve seu primeiro sucesso eleitoral regional no domingo passado, obtendo vitória no estado federal da Turíngia. Também ficou em segundo lugar na Saxônia. As autoridades alemãs descreveram o partido como de "extrema-direita" e "extremista".
"Os resultados da AfD na Saxônia e na Turíngia são preocupantes", disse Scholz à Reuters.
"Nosso país não pode e não deve se acostumar com isso. A AfD está prejudicando a Alemanha. Está enfraquecendo a economia, dividindo a sociedade e arruinando a reputação do nosso país", declarou o chanceler, citado pela agência nesta segunda-feira.
Desempenho fraco do partido de Scholz
A Christlich Demokratische Union Deutschlands (CDU), da oposição conservadora, foi a principal rival da AfD em ambos os estados, enquanto a Sozialdemokratische Partei Deutschlands (SPD) e a Freie Demokratische Partei (FDP), ambos membros da atual coalizão governista, juntamente com os Verdes, ficaram fora dos três primeiros lugares. Ao invés disso, o recém-chegado partido de esquerda Bündnis Sahra Wagenknecht (BSW), liderado pela deputada Sahra Wagenknecht, ficou em terceiro lugar em ambas as eleições.
Scholz afirmou que, embora o resultado tenha sido "amargo" para o seu partido, o SPD pelo menos evitou sair completamente do Parlamento estatal, ao contrário de algumas previsões. Também pediu a "todos os partidos democráticos [...] que formem governos estáveis, sem extremistas de direita".