Questão envolvendo o X "nunca deveria ter extrapolado" para Starlink, avalia presidente da Câmara

A empresa de internet por satélites, segundo estimativas, está presente em 90% dos municípios da Amazônia legal.

Neste sábado, durante a sua participação em um evento em São Paulo, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, declarou que a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo a rede social X "nunca deveria ter extrapolado para contas da empresa Starlink".

"A gente tem obrigação de saber separar pessoa jurídica A de pessoa jurídica B. Se no escândalo das Americanas, fossemos bloquear a conta da Ambev, não seria correto", avaliou o deputado ao fazer uma analogia amparada nos acionistas em comum entre as duas empresas, citado pelo Portal Poder360.

Na quinta-feira, em meio aos embates entre o ministro Alexandre de Moraes e Elon Musk, dono da plataforma X e da Starlink Holding, o jurista determinou que todos os gerentes da empresa de internet por satélites no Brasil deveriam responder por multas impostas à rede social.

''A SpaceX e a X são duas empresas completamente diferentes com acionistas diferentes. Eu possuo cerca de 40% da SpaceX, portanto, essa ação absolutamente ilegal do ditador Alexandre pune, de modo indevido, outros acionistas e o povo brasileiro", escreveu Elon Musk ao reagir à decisão.

A penetração da Starlink no Brasil é expressiva, ao passo que a empresa de internet por satélites, segundo estimativas, está presente em 90% dos municípios da Amazônia legal. Os serviços prestados viabilizam o acesso à internet em regiões remotas, escolas, postos de saúde e são utilizados até mesmo pelas Forças Armadas.