Durante um discurso realizado na quinta-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, criticou duramente a interferência em "assuntos internos da Venezuela".
O mandatário também recordou que quando o Supremo Tribunal Federal do Brasil confirmou a vitória de Lula nas eleições presidenciais, a Venezuela respeitou as instituições do país vizinho e não "emitiu comunicados" ou opiniões sobre o processo eleitoral brasileiro.
"Respeitamos as instituições brasileiras, e o Brasil resolve seus assuntos internamente, como deve ser", afirmou Maduro.
O líder venezuelano mencionou ainda que a reação da Venezuela ao 8 de janeiro de 2023 em Brasília foi condenar de imediato o ato e "respaldar a democracia e a Constituição do Brasil", sem dar opiniões sobre os assuntos internos brasileiros.
"Não metam seus narizes nos assuntos internos da Venezuela!", disse o presidente, fazendo um apelo pelo respeito à "soberania e à vida interna" do seu país.
Anteriormente, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que não pode reconhecer a vitória de Nicolás Maduro ou da oposição venezuelana, alegando falta de "dados".
Resultados validados
Os resultados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela confirmaram a vitória de Nicolás Maduro, com 51,95% dos votos, para um terceiro mandato em 2025 - 2031.
Em meio a uma polêmica sobre os resultados da votação, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela emitiu em 22 de agosto seu veredito, após uma análise do materialapresentado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O mais alto tribunal do país validou "os resultados da eleição presidencial" emitidos pelo CNE, onde o atual presidente, Nicolás Maduro Moros, foi reeleito para o período 2025-2031.