Nesta sexta-feira, a Alemanha deportou 28 cidadãos afegãos para seu país de origem pela primeira vez desde agosto de 2021, quando o Talibã retornou ao poder, segundo informações da agência AP.
De acordo com o porta-voz alemão, citado pelo veículo, "trata-se de cidadãos afegãos condenados pelos tribunais, sem direito de permanecer na Alemanha e que foram sujeitos a ordens de expulsão". Por sua vez, a ministra do Interior, Nancy Faeser, classificou a medida como "questão de segurança para a Alemanha" e prometeu facilitar os procedimentos para as deportações.
A Anistia Internacional criticou duramente a decisão, afirmando que o governo alemão cedeu às pressões em razão do período eleitoral e denunciando as deportações como uma violação da lei internacional. A organização aponta que o Afeganistão "não é seguro", de acordo com a cobertura da AP
A medida coincide com os debates sobre imigração no âmbito das eleições estaduais a serem realizadas neste domingo na Saxônia e na Turíngia, onde se espera que os partidos anti-imigração tenham um bom desempenho.
Em junho, o chanceler Olaf Scholz também prometeu que o país voltaria a deportar criminosos do Afeganistão e da Síria. A Alemanha não tem relações diplomáticas com o Talibã, obrigando o governo a cooperar através dos outros canais.