O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, rejeitou a visita ao Chile feita esta semana pela chefe do Comando Sul, Laura Richardson, lembrando a longa história de interferência dos EUA na América Latina, especialmente seu apoio às ditaduras na região.
"A chefe do Comando Sul escolheu ir ao Chile, onde seus antecessores se reuniram com [o ditador Augusto] Pinochet para dirigir o Plano Condor, que assassinou milhares de latino-americanos, para falar sobre democracia", escreveu Gil em sua conta no Telegram na quinta-feira.
Na quarta-feira, Richardson participou da Conferência de Defesa Sul-Americana no Chile, onde garantiu que o presidente venezuelano Nicolás Maduro "continua a minar a vontade democrática do povo venezuelano".
Por esse motivo, depois de lembrar o apoio incondicional de Washington a regimes ditatoriais sangrentos em países como o Chile, Gil enviou palavras duras ao chefe do Comando Sul: "Seu cinismo é enorme"!
Para o ministro das Relações Exteriores, o ataque de Richardson não é gratuito, já que na Venezuela "estamos lutando contra o fascismo e os herdeiros das ditaduras latino-americanas, que hoje sonham em reverter os processos revolucionários em nossa região".