A economia venezuelana aumentou 8,78% no segundo trimestre de 2024 e registrou um crescimento por mais de três anos, informou o Banco Central da Venezuela nesta quinta-feira.
Em um comunicado de imprensa, a entidade financeira informou que o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou dois trimestres consecutivos em comparação com o mesmo período de 2023. No primeiro trimestre, cresceu 8,40%, e registrou uma expansão de 8,78% no segundo trimestre de 2024.
"Os resultados dos últimos três anos indicam que a economia venezuelana está em um caminho real de recuperação, reinventando-se e superando seus obstáculos", diz o texto.
Os efeitos das sanções
Segundo esses números, os resultados obtidos "dão continuidade ao processo de recuperação econômica" que o governo venezuelano iniciou no segundo trimestre de 2021, há pouco mais de três anos.
Foi informado que "as medidas coercitivas unilaterais continuam afetando negativamente o dinamismo da atividade econômica", apesar de terem sido "adotados procedimentos e diferentes iniciativas" para contorná-las.
Além disso, afirma-se que as medidas coercitivas impostas à Venezuela deixaram "feridas" na economia, que são observadas antes do segundo trimestre de 2021, e entre 2019 e 2020, quando houve "quedas fortes na atividade econômica".
A Venezuela também sofreu um processo hiperinflacionário entre 2016 e 2021. Em junho deste ano, conforme relatado pelo BCV, o país registrou a menor inflação em 39 anos, entre janeiro e maio, com uma taxa de 7,8%.