O Alto Representante da União Europeia para Assuntos Externos e Política de Segurança, Josep Borrell, insistiu nesta quinta-feira que os Estados-membros devem enviar sistemas adicionais de defesa aérea para a Ucrânia. As armas antiaéreas "eram cruciais antes deste verão, e são ainda mais cruciais hoje", disse o funcionário de alto escalão, que prometeu colocar a questão no topo da agenda da reunião do Conselho de Relações Exteriores.
"As armas que fornecemos à Ucrânia devem ser utilizadas plenamente e as restrições devem ser suspensas para não impedir que os ucranianos possam atingir os locais de onde a Rússia os está bombardeando", afirmou Borrell na presença do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba. "Caso contrário, esse armamento será inútil", assegurou.
Remoção de restrições para uso de armas
Em uma mensagem publicada em sua conta no X na segunda-feira, Borrell também insistiu no levantamento das restrições impostas pelos países fornecedores sobre o "uso de capacidades contra o Exército russo" e garantiu que essa medida não apenas fortaleceria a autodefesa ucraniana, mas também "protegeria vidas e reduziria a destruição".
O veículo de mídia Politico revelou na terça-feira que as autoridades ucranianas planejam apresentar uma lista de alvos que poderiam ser atacados com armas de longo alcance em território russo reconhecido internacionalmente aos funcionários da Segurança Interna dos EUA nesta semana.
Vários meios de comunicação informaram que Kiev está exigindo que seus parceiros a autorizem a disparar mísseis britânicos Storm Shadow contra Moscou e São Petersburgo para forçar negociações com a Rússia.