A promotoria de Paris anunciou nesta quarta-feira que o cofundador do Telegram, Pavel Durov, foi indiciado e colocado sob supervisão judicial, sob a condição de pagar uma fiança de 5 milhões de euros e ser proibido de deixar a França.
Segundo a entidade, o bilionário, que pode pegar até 10 anos de prisão, é acusado de 12 delitos criminais, incluindo a facilitação da distribuição de narcóticos, lavagem de dinheiro e crime organizado, além de ajudar na distribuição de pornografia infantil.
De acordo com os promotores, uma "pessoa não identificada" usou o aplicativo criado por Durov para cometer vários delitos. A recusa do bilionário em entregar os dados do usuário às autoridades policiais fez com que ele fosse investigado, informou o Politico nesta quarta-feira.
O empresário russo, que também possúi cidadania da França, dos Emirados Árabes Unidos e de São Cristóvão e Neves, foi preso no dia 24 de agosto após pousar, com seu avião privado vindo do Azerbaijão, em um aeroporto de Paris. Contra ele, pesava um mandado de busca, expedido pelas autoridades francesas em razão de uma investigação preliminar.