A prisão de fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, na França, alinha-se com uma política mais ampla de usar a pressão máxima para controlar plataformas de mídia alternativas, declarou na segunda-feira o presidente venezuelano Nicolás Maduro, durante discurso na 11ª cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA).
Isso "apesar do fato de que seu presidente [o CEO do Telegram, Pavel Durov] ter sido levado sob custódia como parte dessa política de perseguição, pressão máxima, chantagem, braço de ferro com as redes sociais e de comunicação alternativas", afirmou Maduro, acrescentando que "abusam do poder em todo o mundo. Eles perseguem para subjugar".
Por sua vez, o presidente francês Emmanuel Macron negou que houvesse qualquer motivo político por trás da prisão de Durov, declarando que ela havia ocorrido como parte de "uma investigação judicial em andamento".
O empresário de origem russa, que atualmente vive em Dubai, foi preso no sábado em Paris por supostamente permitir atividades criminosas em sua rede social e por não cooperar com as autoridades francesas.
Durov, 39 anos, cuja detenção foi prorrogada até esta quarta-feira, comparecerá ao tribunal nos próximos dias.