Chanceler venezuelano sobre Lula e Petro: "Toda opinião sobre nossos assuntos internos está à beira da interferência"

Yván Gil respondeu a uma pergunta se os presidentes do Brasil e da Colômbia exerceram interferência contra a Venezuela, afirmando que em alguns países existem pressões internas.

Durante uma entrevista ao La Iguana Televisión divulgada na terça-feira, o chanceler venezuelano, Yván Gil, afirmou que o Brasil e a Colômbia possuem informação detalhada sobre o que está acontecendo na Venezuela e dentro de sua estrutura constitucional.

Respondendo a uma pergunta se o presidente do Brasil, Lula Inácio Lula da Silva Silva, e seu homólogo da Colômbia, Gustavo Petro, estão interferindo nas questões da Venezuela, Gil declarou que "toda opinião sobre nossos assuntos internos é uma opinião que está à beira da interferência". 

Também explicou que o governo venezuelano sempre foi transparente e cumpriu a Constituição do país. 

"Jogos políticos internos"

Além disso, opinou que nos outros países existem pressões internas, "jogos políticos internos" que não têm nada a ver com a Venezuela. 

"Essa é outra questão que, às vezes, vemos que a política externa de alguns países é definida por sua agenda interna", explicou o chanceler. 

Gil pediu que a Venezuela não seja "um caso em que um determinado país seja tratado como um jogo político a ser jogado internamente", sublinhando que cada nação tem que resolver suas pressões por suas próprias maneiras políticas.

"A Venezuela sempre apoiará a melhor transparência e a melhor comunicação entre as forças políticas de todos os países, mas não use a Venezuela como uma questão para fazer política em seus próprios países", concluiu o ministro.