Preocupada com as decisões do Ocidente, China volta a promover proposta para a paz formulada com o Brasil
Durante uma conferência de imprensa realizada nesta terça-feira, Li Hui, enviado especial do governo chinês para assuntos eurasiáticos, voltou a defender a proposta sino-brasileira para a paz no conflito ucraniano. As declarações ocorreram após Hui ter conversado com representantes da Indonésia, da África do Sul e do Brasil.
Nas palavras de Hui, os três países, que figuram como "forças importantes na promoção da paz e do desenvolvimento mundial", mantém posições semelhantes às de Pequim no tocante do conflito: ''Eles mantiveram a comunicação com a Rússia e a Ucrânia, mantiveram posições objetivas e justas e seguiram comprometidos com a solução política da crise por meio do diálogo e da negociação'', lembrou.
O diplomata chinês destacou que todos os lados estão preocupados com as decisões do Ocidente, que flexibiliza cada vez mais as condições para que a Ucrânia ataque o território da Rússia com as armas fornecidas.
Nos últimos dias, publicações da imprensa sugerem que o regime ucraniano exigiu que seus parceiros autorizem a utilização de mísseis britânicos Storm Shadow para atacar Moscou e São Petersburgo, tendo como objetivo forçar as negociações. Sergey Lavrov, ministro das relações exteriores da Rússia, descreveu a situação como uma "chantagem", e afirmou que o Ocidente está "pedindo por problemas".