O presidente francês, Emmanuel Macron, é um usuário ativo do serviço de mensagens Telegram, apurou nesta terça-feira o jornal Politico, citando um ex-deputado não identificado.
O interlocutor mostrou ao Politico a correspondência com o mandatário francês em 26 de agosto, quando o chefe do Telegram já estava sob custódia. O status, que mostra a hora da última visita, dizia "visto recentemente", o que, segundo o veículo, significa que Macron poderia ter usado a rede nos últimos dias.
O chefe de Estado utiliza o aplicativo de mensagens desde o início da sua primeira campanha presidencial, e quase uma década depois. Apesar das tentativas da Assembleia Nacional de limitar o uso de redes sociais e serviços de mensagens, a plataforma continua a ser utilizada até por membros do governo e funcionários de todos os níveis e partidos, especialmente dentro dos círculos que apoiam o presidente.
Além disso, o partido político de Macron continua utilizando o Telegram para enviar comunicados de imprensa através de um canal privado, enquanto o próprio presidente tem um canal público com mais de 41 mil assinantes.
Anteriormente, um assessor do mandatário disse ao jornal Libération que, durante a campanha presidencial de 2017, as autoridades de segurança francesas já haviam alertado o grupo de Macron sobre o uso do Telegram. "Eles nos disseram que estávamos sendo observados, que corríamos o risco de sermos hackeados, e que tínhamos que ter cuidado com o Telegram, que é um aplicativo russo", assegurou.