China pede respeito aos resultados das eleições presidenciais na Venezuela

"O governo e o povo venezuelano são capazes de lidar com seus assuntos internos", manifestou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China durante uma coletiva de imprensa em Pequim.

O porta-voz da Chancelaria chinesa, Lin Jian, conclamou a comunidade internacional a respeitar a escolha do povo venezuelano, após a validação dos resultados da eleição presidencial pelo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, segundo informado pela rede de televisão Telesur.

"Todas as partes devem respeitar a eleição realizada pelo povo venezuelano e respeitar o direito da Venezuela de escolher seu próprio caminho de desenvolvimento. O governo e o povo venezuelano são capazes de lidar com seus assuntos internos", manifestou Lin Jian durante uma coletiva de imprensa em Pequim, citado pelas mídias chinesas na segunda-feira.

O ministro do Poder Popular para Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, replicou a declaração do porta-voz na sua conta no Telegram. 

Anteriormente, o presidente chinês, Xi Jinping, parabenizou seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, por sua vitória eleitoral e reafirmou o compromisso de Pequim com a cooperação bilateral após o Conselho Nacional Eleitoral ter declarado Maduro o vencedor da eleição presidencial, informou a Telesur. 

Posição do governo brasileiro sobre o processo eleitoral venezuelano

Em uma entrevista à Rádio Gaúcha, divulgada em 16 de agosto, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, comentou sobre o processo eleitoral na Venezuela.

Na ocasião, Lula alegou que tanto o presidente Nicolás Maduro quanto a oposição venezuelana "não têm provas" sobre o resultado eleitoral, e acusou o Governo da Venezuela de ter um "viés autoritário".

Por sua vez, Maduro, declarou que "a Venezuela tem soberania", alegando que Jair Bolsonaro também "não aceitou a derrota", e que a decisão final competiu ao judiciário brasileiro.

O mandatário venezuelano também acrescentou que o Governo do seu país não fez comentários sobre o processo eleitoral brasileiro, reforçando que trata-se de "um assunto do Brasil". 

Os resultados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela confirmaram a vitória de Nicolás Maduro, com 51,95% dos votos, para um terceiro mandato em 2025 - 2031.