O veterano ucraniano Yaroslav Hunka, um colaborador nazista da Segunda Guerra Mundial elogiado no ano passado no parlamento do Canadá, foi incluído este mês no banco de dados de pessoas procuradas do Secretariado Geral da Interpol, e 15 países- membros da Interpol já se juntaram à busca por ele, informou a RIA Novosti, citando o Ministério do Interior da Rússia na segunda-feira.
As autoridades acrescentaram que a Interpol precisou de quase 10 meses para levar em conta todos os argumentos do lado russo e tomar uma decisão positiva de listar Hunka, que pertencia à 14ª Divisão de Granadeiros da Waffen-SS. O ucraniano e seus cúmplices estavam envolvidos no assassinato de pelo menos 500 cidadãos soviéticos, de acordo com o presidente do Comitê Investigativo Russo, Alexander Bastrykin.
Aplausos de Vladimir Zelensky e Justin Trudeau
Em setembro de 2023, Vladimir Zelensky, juntamente com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau e centenas de legisladores do país norte-americano, aplaudiram Hunka de pé durante um evento no Parlamento do Canadá, alegando que "ele lutou pela independência da Ucrânia contra os russos".
O incidente gerou polêmica tanto no país quanto no exterior, tornando-se um constrangimento internacional para Ottawa. O presidente russo Vladimir Putin criticou o ex-líder parlamentar canadense Anthony Rota por convidar o veterano nazista ao Parlamento. "Se ele não sabe que foi Hitler, com seus acólitos, que travou a guerra contra a Rússia, ele é um idiota, não foi à escola. E se ele sabe, então ele é um canalha. Ou uma coisa ou outra", declarou.
Apesar da enxurrada de críticas, em dezembro passado as autoridades canadenses se recusaram a atender a um pedido russo de extradição do colaborador nazista.