A seca e os incêndios que têm devastado o Brasil afetam gravemente os habitantes das florestas. Para além das pessoas, muitos animais têm sofrido com as chamas, a destruição da natureza e falta de água.
As queimadas no Pantanal neste ano batem recordes: no verão, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 7615 focos ativos de fogo, constituindo o maior número desde 1998.
O impacto dos incêndios brasileiros na fauna já foi estudado em 2020, com resultados divulgados pela Scientific Reports revelando que as chamas, à época, mataram 17 milhões de animais no Pantanal. Neste ano, com o número inédito de queimadas, ainda não é possível estimar o número total de animais falecidos, informam os pesquisadores à empresa Deutsche Welle.
Onças resgatadas
Grupos de voluntários e organizações não-governamentais já começaram a agir para salvar as criaturas vulneráveis. Entre as ações tomadas, destacam-se o fornecimento de água e o resgate de animais fisicamente afetados pelo incêndio.
Um dos casos recentes foi a salvação da onça-pintada Itapira, que teve suas patas queimadas. Ao ser resgatada pela organização Onçafari, recebeu primeiros socorros e foi transportada para um lugar seguro, onde recebe o tratamento necessário.
Mais duas onças-pintadas, Miranda e Antã, foram salvas em Mato Grosso do Sul no início de agosto com ferimentos parecidos e já "estão em plena recuperação", segundo o governo do estado.