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Macron diz que a prisão do CEO do Telegram "não tem motivação política"
A Justiça francesa considera que a falta de contenção e cooperação de Durov com as agências de aplicação da lei, bem como as ferramentas oferecidas por sua rede social, o tornam cúmplice de tráfico de drogas, crimes de pedofilia e fraude.
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta segunda-feira que a prisão do empresário nascido na Rússia e chefe do Telegram, Pavel Durov, "não é de forma alguma uma decisão política".
"A prisão do presidente do Telegram em território francês faz parte de uma investigação judicial em andamento. Não é de forma alguma uma decisão política. Cabe aos juízes decidir", escreveu Macron em sua conta no X.
Segundo o mandatário, "a França está mais do que nunca comprometida com a liberdade de expressão e comunicação, inovação e empreendedorismo". No entanto, enfatizou ainda que "em um Estado de direito, tanto nas redes sociais como na vida real, as liberdades são exercidas dentro de uma estrutura estabelecida por lei para proteger os cidadãos e respeitar seus direitos fundamentais".
O empresário de origem russa, que atualmente vive em Dubai, foi preso no sábado em Paris por supostamente permitir atividades criminosas em sua rede social e por não cooperar com as autoridades francesas.
Durov, 39 anos, cuja detenção foi prorrogada no domingo, comparecerá ao tribunal nos próximos dias.