Brasil e Colômbia se manifestam após TSJ validar reeleição de Maduro

Presidente brasileiro e seu homôlogo colombiano, Gustavo Petro, publicaram uma declaração conjunta nas suas redes sociais.

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Gustavo Petro, da Colômbia, emitiram, neste sábado, uma declaração conjunta em resposta à atual situação das eleições presidenciais na Venezuela.

Segundo a nota, após conversas telefônicas nos dias 23 e 24 de agosto, ambos os líderes reforçaram a "importância de um processo eleitoral transparente e verificável" para a restauração da credibilidade política no país vizinho.

A declaração sublinha que a normalização política na Venezuela depende do "reconhecimento da necessidade de diálogo pacífico e da convivência democrática na diversidade" entre diferentes grupos políticos. Lula e Petro expressaram sua preocupação com a possível escalada da violência e da repressão, apelando a todas as partes envolvidas para evitarem tais práticas.

Os dois mandatários reiteraram seu compromisso em manter canais de comunicação abertos com todas as partes envolvidas no processo. Além disso, expressaram sua disposição para facilitar o entendimento e o diálogo entre os diferentes atores políticos venezuelanos.

Na declaração, Lula e Petro também comentaram sobre a recente decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela em relação ao processo eleitoral. Eles enfatizaram que "continuam a aguardar a divulgação, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), das atas desagregadas por seção de votação", conforme previsto nos Acordos de Barbados. 

Finalizando a nota, Lula e Petro se posicionaram contra a aplicação continuada de sanções unilaterais à Venezuela. Ambos compartilham a visão de que essas sanções "são prejudiciais, especialmente para as populações mais vulneráveis, e violam os princípios do direito internacional". Os líderes afirmaram que defendem que tais medidas coercitivas não contribuem para a resolução pacífica dos conflitos e, ao contrário, agravam a situação humanitária no país.

Anteriormente, o governo da Venezuela classificou como "grosseiro e insolente", e "um ato inaceitável de ingerência em assuntos que só dizem respeito aos venezuelanos" um comunicado assinado por países latino-americanos que desconsideram os resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral e validados pelo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela.