A mpox, anteriormente conhecida como monkeypox, não representa a mesma ameaça à saúde pública que a Covid-19 e não levará a um "ciclo de pânico" e lockdowns, afirmou Hans Kluge, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, na terça-feira, segundo um comunicado publicado pela organização na terça-feira.
No início deste mês, a OMS declarou a mpox uma emergência de saúde pública de interesse internacional, a mesma designação que deu à Covid-19 no início de 2020. Enquanto uma variante leve do vírus chamada Clade 2 se espalhou pelo mundo em 2022, uma cepa mais infecciosa Clade 1b matou centenas de pessoas na África Central e foi detectada na semana passada na Suécia.
Em uma reunião da ONU na terça-feira, Kluge manifestou que, ao fornecer vacinas suficientes para as nações afetadas na África e incentivar a observação atenta dos pacientes com varíola, a disseminação da doença pode ser controlada.
"Vamos entrar em lockdown na região europeia da OMS, será que é outra Covid-19? A resposta é clara: 'não'", afirmou Kluge.
"Há dois anos, controlamos a mpox na Europa graças ao envolvimento direto com as comunidades mais afetadas de homens que fazem sexo com homens", continuou.
A grande maioria dos casos do Clade 2 ocorreu entre homens gays e bissexuais, especialmente aqueles com vários parceiros sexuais. Acredita-se que o Clade 1b se dissemine mais facilmente por meio de contato próximo e não sexual.
A mpox é semelhante à varíola humana, que foi erradicada em 1980, e é endêmica em partes da África Ocidental e Central. Seus sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, inchaço dos gânglios linfáticos, calafrios e exaustão, e as pessoas afetadas desenvolvem lesões cutâneas distintas.
Anteriormente conhecida como "monkeypox", a doença foi renomeada como "mpox" pela OMS no final de 2022.