Moscou começará a testar a primeira vacina contra alergias ao pólen de bétula, segundo informado recentemente pela chefe da Agência Federal Médico-Biológica da Rússia (FMBA, na sua sigla em russo), Veronika Skvortsova.
A vacina também é projetada para combater os efeitos de alérgenos semelhantes, incluindo maçãs, pêssegos, amendoins e soja, explicou o Kommersant. Espera-se que os testes clínicos anunciados na semana passada comecem em setembro.
A vacina, desenvolvida pelo Instituto de Imunologia da FMBA em conjunto com a Universidade Médica de Viena, pode revolucionar a imunoterapia específica para alérgenos, de acordo com os pesquisadores envolvidos no projeto.
Os tratamentos existentes podem levar vários anos e envolver dezenas de injeções, e ainda assim acabam apenas reduzindo os sintomas, ao invés de eliminá-los completamente. Segundo os pesquisadores, a nova vacina exigiria apenas três a cinco injeções para ser eficaz.
Na década de 1990, os pesquisadores determinaram que os alérgenos são um grupo de proteínas, o que possibilitou um tratamento específico contra eles. O desenvolvimento de vacinas baseadas em alérgenos recombinantes e peptídeos sintéticos de alérgenos tem sido discutido desde a década de 2010. Entretanto, todos os tratamentos conhecidos exigem longos períodos de tempo para produzir efeitos sustentáveis.