O Brasil fará parte de umas das maiores iniciativas espaciais do mundo, do projeto Legacy Survey of Space and Time (LSST).
Durante 10 anos, todas as noites, o supertelescópio, que será usado no âmbito do projeto, vai mapear o céu do Hemisfério Sul, capturando estrelas, galáxias e asteroides, e passar os dados recebidos aos cientistas.
O Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LineA), do Brasil e o SLAC National Accelerator Laboratory, associado da Universidade Stanford, assinaram um acordo de cooperação científica até 2038.
O país vai trabalhar junto com os EUA, com o Chile, que hospeda o observatório, e com 43 grupos de pesquisa internacionais de 28 nações. A parceria conta com 170 pesquisadores brasileiros, 80% deles são jovens - estudantes e técnicos. Segundo o astrofísico Luiz Nicolaci da Costa, diretor do LineA, os "jovens pesquisadores terão acesso privilegiado aos dados e poderão fazer ciência de qualidade".
De acordo com Nicolaci, o projeto tem como objetivo estudar o "volume de espaço enorme". "É uma oportunidade única para o Brasil participar em um projeto de vanguarda", enfatizou.
O supertelescópio é instalado em Cerro Pachón, no Chile, e tem 8,4 metros de diâmetro, com a maior câmera digital do mundo, de ultradefinição, com 3,2 bilhões de pixels.
Espera-se que os primeiros registros do telescópio sejam feitos em setembro. As imagens capturadas serão de altíssima resolução com seis diferentes filtros de cores.