WSJ: Zelensky aprovou inicialmente o plano de atentado ao Nord Stream

Segundo o jornal, a investigação da Alemanha agora se concentra no ex-chefe das Forças Armadas ucranianas, atual embaixador no Reino Unido.

O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, teria ordenado parar a operação de explosão do gasoduto Nord Stream após ser aconselhado pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), mas o então comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, desobedeceu, informou o The Wall Street Journal na quarta-feira, citando várias fontes.

Zelensky teria aprovado o plano em um primeiro momento, mas mudou de ideia após uma solicitação dos EUA. De acordo com quatro funcionários de alto escalão de defesa e segurança do país eslavo, que estavam envolvidos no plano ou tinham conhecimento direto dele, os gasodutos eram considerados um alvo legítimo no conflito russo-ucraniano.

Enquanto isso, Zaluzhny, o atual embaixador da Ucrânia no Reino Unido, disse que não sabe nada sobre essas operações e que qualquer indicação do contrário é "mera provocação". Ele também afirmou que as forças ucranianas não foram autorizadas a realizar missões no exterior e, portanto, não estariam envolvidas.

Além disso, um funcionário de alto escalão da inteligência ucraniana também negou o envolvimento de seu governo na ação terrorista, afirmando que Zelensky "não aprovou nenhuma ação desse tipo no território de terceiros países, nem emitiu as ordens relevantes".

O jornal norte-americano, referindo-se a pessoas familiarizadas com o caso, enfatiza que a investigação da Alemanha está agora se concentrando em Zaluzhny e seus assessores, embora eles não tenham provas que possam ser apresentadas no tribunal.

Anteriormente, soube-se que a Alemanha havia emitido um mandado de prisão para um mergulhador ucraniano suspeito de envolvimento no ataque, cujo último paradeiro conhecido aparentemente estava na Polônia. Dois outros cidadãos ucranianos, incluindo uma mulher, também estão sob suspeita de envolvimento no crime, e presume-se que os mergulhadores tenham colocado dispositivos explosivos nos canos.