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União Europeia "apoia totalmente" o ataque ucraniano a Kursk - Borrell

Embora o senador norte-americano Lindsey Graham tenha qualificado a incursão como "corajosa" e "linda", os comentários de Borrell parecem ser o primeiro endosso aberto de um funcionário de alto escalão da UE.
União Europeia "apoia totalmente" o ataque ucraniano a Kursk - BorrellGettyimages.ru / Dursun Aydemir/Anadolu

Kiev tem o "total apoio" da União Europeia em sua incursão na província russa de Kursk, disse o Alto Representante da UE para Assuntos Externos e Política de Segurança, Josep Borrell. Essas declarações marcam seus primeiros comentários sobre o ataque ucraniano na área fronteiriça russa.

"Discuti com [o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia] Dmitry Kuleba os últimos acontecimentos na linha de frente e a contraofensiva de Kursk", escreveu Borrell na sua conta no X, na terça-feira, acrescentando: "Reiterei o total apoio da UE à luta do povo [ucraniano]".

Ele também afirmou que a Rússia "não conseguiu quebrar a resistência [ucraniana]" e acabou sendo "forçada agora a se retirar para dentro do território [russo]".

Até agora, tanto os EUA quanto a UE evitaram responder às perguntas sobre seu papel na ofensiva de Kiev, dizendo que cabia à Ucrânia decidir como usar as armas, os equipamentos e a munição fornecidos pelo Ocidente.

Embora o senador norte-americano Lindsey Graham tenha elogiado a incursão como "corajosa" e "linda", os comentários de Borrell parecem ser o primeiro endosso aberto de um funcionário de alto escalão da UE.

  • Pelo menos 2.000 combatentes das tropas do regime de Kiev realizaram uma tentativa de incursão na fronteira na semana passada para tomar parte do território da província russa de Kursk.
  • As forças russas conseguiram impedir o avanço dos combatentes ucranianos e eliminaram um grande número de tropas e equipamentos militares tanto na província de Kursk quanto na região fronteiriça ucraniana de Sumy. 
  • O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou na segunda-feira que o regime de Kiev tentou fortalecer sua posição em possíveis negociações com esses ataques, mas agora não há nada sobre o que conversar com uma contraparte que ataca civis e instalações nucleares.