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Maduro: "Foram os piores Jogos Olímpicos da história da humanidade"

De acordo com o líder venezuelano, a cerimônia de abertura foi realizada com "critérios de seita satânica".
Maduro: "Foram os piores Jogos Olímpicos da história da humanidade"AP / Cristian Hernandez

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, descreveu na segunda-feira os Jogos Olímpicos de Paris 2024 como os "piores Jogos Olímpicos da história da humanidade, os mais cinzentos", por várias razões, incluindo a polêmica cerimônia de abertura.

"Foi uma zombaria de nosso Senhor Jesus Cristo, do cristianismo e a tentativa de impor critérios de seitas satânicas em uma cerimônia", disse Maduro durante uma reunião do Conselho de Defesa Nacional e do Conselho de Estado em Caracas.

De acordo com o mandatário, a organização dos jogos fez uma apologia a esse tipo de culto: "[Eles têm um poder que] está além do que conhecemos e pensamos", disse.

O presidente venezuelano não foi o único que criticou a organização das Olimpíadas. Dias depois da cerimônia de abertura em Paris, a Igreja Católica emitiu uma declaração expressando sua "tristeza" com alegadas alusões religiosamente ofensivas contidas no evento.

"A Santa Sé, entristecida por certas cenas na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, não pode deixar de se juntar às vozes que se levantaram nos últimos dias para deplorar a ofensa causada a muitos cristãos e crentes de outras religiões", diz a declaração em francês.

O Vaticano ressalta que, "em um evento de prestígio no qual o mundo inteiro se une em torno de valores comuns", não deveria haver lugar para "alusões que ridicularizam as convicções religiosas de muitas pessoas".

A causa do tumulto foi uma encenação acusada de ser uma aparente paródia da "Última Ceia", a pintura de Leonardo da Vinci que recria a cena bíblica de Jesus Cristo e os doze apóstolos antes da crucificação.

Embora o diretor artístico Thomas Jolly tenha negado que a performance fizesse alusão à famosa pintura, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos pediu desculpas pela controversa representação artística.