Mais de 100 mortos e dezenas de feridos em ataque israelense a escola em Gaza
Mais de 100 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em um ataque israelense no sábado à escola Al-Tabai'een, no bairro de Al-Daraj, no centro da Cidade de Gaza.
مراسل #الجزيرة: أكثر من 100 شهيد وعشرات المصابين في قصف إسرائيلي خلال صلاة الفجر لمدرسة بحي الدرج وسط مدينة غزة#الأخبار#حرب_غزةpic.twitter.com/DvjGabWw5f
— قناة الجزيرة (@AJArabic) August 10, 2024
A escola está localizada ao lado da Mesquita Daraj Tuffah, que serve de abrigo para os moradores da cidade. O ataque coincidiu com o horário das orações matinais. A maioria das vítimas são crianças, relata Al Mayadeen.
Equipes de resgate estão trabalhando no local, tentando apagar o fogo para remover os corpos dos mortos e resgatar os feridos.
"É um massacre"
O Escritório de Mídia do Governo de Gaza emitiu uma declaração chamando o ataque de "massacre". "Isso claramente se enquadra no crime de genocídio e limpeza étnica contra nosso povo palestino", informou a agência, observando que, devido ao grande número de vítimas, ainda não foi possível recuperar todos os corpos.
"Condenamos veementemente a perpetração desse terrível massacre pela ocupação e conclamamos o mundo inteiro a condená-lo. Consideramos a ocupação israelense e o Governo dos EUA totalmente responsáveis por esse massacre", declarou o escritório.
Ele pediu que a comunidade internacional e as organizações "pressionem" Israel para acabar com "o crime de genocídio e limpeza étnica contra civis e pessoas deslocadas na Faixa de Gaza" e para ajudar a interromper "a cascata de derramamento de sangue que flui" no enclave.
Resposta de Israel
Por sua vez, as Forças de Defesa de Israel (FDI), que imediatamente relataram o bombardeio, alegaram que o prédio servia como esconderijo para militantes do Hamas que planejavam ataques contra militares israelenses. Apesar do alto número preliminar de mortos, os militares israelenses afirmaram que "várias medidas foram tomadas para reduzir a possibilidade de vítimas civis, incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e informações de inteligência".
"A organização terrorista Hamas viola sistematicamente a lei internacional e opera a partir de refúgios civis, explorando brutalmente civis e instituições como escudos humanos para suas atividades terroristas", afirmaram.
De acordo com a Al Jazeera, em apenas duas semanas o Exército israelense destruiu um total de oito escolas onde os deslocados se abrigavam em massa.