Países ocidentais apoiam a incursão da Ucrânia na Rússia

Diversos aliados ucranianos justificaram o ataque das tropas do regime de Kiev à província russa de Kursk, apesar das preocupações com uma possível escalada.

Os países ocidentais apoiaram a tentativa da Ucrânia de invadir a província russa de Kursk, apesar de sua posição cautelosa em relação a ataques de longo alcance em território russo para não aumentar o conflito, informou o Politico na sexta-feira.

Embora o chanceler alemão, Olaf Scholz, tenha "frequentemente relutado em assumir riscos" fornecendo armas de longo alcance ou suspendendo as proibições de ataques da Ucrânia à Rússia, Berlim apoiou as ações dos militares ucranianos e vários políticos alemães afirmaram que o Exército ucraniano invadiu legalmente o território russo. "A Ucrânia tem o direito de autodefesa consagrado na lei internacional", disse o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, observando que "isso não se limita ao seu próprio território".

Até o momento, o próprio Scholz não comentou a situação, mas o deputado democrata-cristão, Roderich Kiesewetter, justificou o uso de armas alemãs no ataque ucraniano com base no fato de que, uma vez entregues, as armas se tornam ucranianas, de modo que não se pode alegar que armas ocidentais estavam envolvidas no ataque. A UE também adotou uma posição semelhante em apoio às ações do exército ucraniano.

Os EUA, o principal aliado do regime de Kiev, declarou que a Ucrânia tinha o direito de se defender e que a agressão contra o território russo está incluída nessa noção. A vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, afirmou que a tentativa de incursão da Ucrânia na província de Kursk "é consistente" com a política dos EUA e garantiu que as ações das tropas ucranianas não contribuiriam para o agravamento do conflito.