A União Europeia (UE) considera a tentativa de incursão ucraniana na província russa de Kursk como um direito de "autodefesa", disse o porta-voz da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança, Peter Stano, à mídia ucraniana.
"A UE continua apoiando totalmente o direito legítimo da Ucrânia de se defender contra a agressão russa e seus esforços para restaurar sua soberania e integridade territorial", afirmou Stano, enfatizando que Kiev "tem o direito legal de se defender, inclusive atacando o agressor em seu território".
Por sua vez, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que estava em contato com Kiev sobre a tentativa de incursão. "Em última análise, a decisão sobre como a Ucrânia conduz suas operações militares cabe à Ucrânia, mas nada mudou em relação à nossa política sobre ataques transfronteiriços", comentou em resposta a uma pergunta sobre o uso de material dos EUA nas ofensivas. A mesma posição foi expressa pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
Tentativa de incursão
Cerca de 1.000 combatentes das tropas do regime de Kiev lançaram uma tentativa de incursão na fronteira na terça-feira, 6 de agosto, em uma tentativa de tomar parte do território da província de Kursk. As forças russas conseguiram impedir o avanço ucraniano e eliminaram um grande número de tropas e equipamentos militares no território tanto da província russa quanto da região ucraniana de Sumy, que faz fronteira com Kursk.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, no total, desde o início dos combates na direção de Kursk, o regime ucraniano perdeu 660 militares e 82 unidades de veículos blindados, incluindo oito tanques, 12 veículos blindados de transporte de pessoal, seis veículos de combate de infantaria, 55 veículos blindados de combate e um veículo de engenharia para remoção e passagem de obstáculos.