EUA comentam sobre a tentativa de incursão da Ucrânia em província russa

De acordo com o porta-voz da agência diplomática dos EUA, as ações de Kiev não contradizem a política de Washington, que permite o uso de suas armas para ataques ao território russo.

Os Estados Unidos estão em contato com a Ucrânia sobre a tentativa de incursão do regime de Kiev na província russa de Kursk, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em uma coletiva de imprensa.

"Estamos em contato com os ucranianos a respeito da operação que eles realizaram hoje do outro lado da fronteira", disse Miller.

"Em última análise, a decisão sobre como a Ucrânia conduz suas operações militares cabe à Ucrânia, mas nada mudou com relação à nossa política sobre ataques transfronteiriços", acrescentou Miller, referindo-se à pergunta sobre o uso de material americano por Kiev.

Perguntado se Kiev havia informado Washington sobre seus planos de realizar uma incursão na região de Kursk, o porta-voz do Departamento de Estado respondeu negativamente.

O embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov, chamou a reação de Washington às ações de Kiev de "ultrajante"."Mais uma vez, não houve palavras de crítica das autoridades a seus clientes e nenhuma condolência às vítimas da tragédia", afirmou o diplomático.

As forças russas interromperam o avanço das tropas ucranianas em sua incursão na fronteira da província de Kursk, informou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valeri Gerasimov. De acordo com Gerasimov, as perdas de Kiev durante sua manobra totalizaram 315 pessoas, das quais pelo menos 100 foram mortas e 215 ficaram feridas. Além disso, 54 veículos blindados foram destruídos, incluindo sete tanques.