Turquia se junta oficialmente ao caso da África do Sul na CIJ contra Israel

A declaração de 43 páginas foi entregue por um grupo liderado pelo presidente da Comissão de Justiça do Parlamento turco, Cüneyt Yüksel.

Uma delegação turca apresentou nesta quarta-feira formalmente o pedido de intervenção da Turquia no caso de genocídio da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, com o objetivo de "fortalecer o caso e encorajar as nações regionais a seguirem o exemplo".

A declaração de 43 páginas foi entregue por um grupo liderado pelo presidente da Comissão de Justiça do Parlamento turco, Cüneyt Yüksel, noticiou a mídia local.

"A Turquia, com uma voz forte, será uma interveniente direta nesse caso com seu apoio aos justos e aos oprimidos", disse Yüksel antes de entregar o pedido, destacando que todas as evidências de massacres e genocídios israelenses fazem parte da documentação apresentada.

Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, Oncu Keceli, disse que o país, juntamente com Nicarágua, Colômbia, Líbia, México, Espanha e autoridades palestinas, pediu para participar do processo contra Israel por suas operações militares na Faixa de Gaza.

"Nenhum país do mundo está acima da lei internacional", escreveu en sua conta no X, acrescentando que o pedido é "extremamente importante para garantir que os crimes cometidos por Israel não fiquem impunes".

Na terça-feira, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan declarou em um discurso à nação que uma delegação jurídica parlamentar do país participaria do processo judicial contra Israel, aberto pela África do Sul no final de dezembro do ano passado em relação a atos "de natureza genocida" cometidos na Faixa de Gaza.