EUA dizem que não estão em posição de reconhecer Edmundo González como presidente da Venezuela
O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, disse na segunda-feira que seu Governo ainda não está em condições de reconhecer Edmundo González como presidente da Venezuela, após o perdedor das eleições ter se autoproclamado no cargo em um comunicado.
"Não, essa não é uma medida que tenhamos tomado até o momento", declarou Miller em uma coletiva de imprensa, afirmando que estão em contato constante com vários países da região, incluindo Brasil, México e Colômbia, "sobre um caminho a seguir".
Além disso, o porta-voz instou "os partidos venezuelanos a iniciarem conversações sobre uma transição pacífica de volta às normas democráticas", ao mesmo tempo em que pediu "transparência" na divulgação da contagem de votos, após as eleições realizadas em 28 de julho.
"Continuamos esclarecendo que a vontade do povo venezuelano precisa ser respeitada", disse Miller durante sua intervenção, na qual apontou para a "possibilidade de manipulação ou alteração" dos resultados das eleições, sem mostrar evidências para apoiar essa alegação.
Os resultados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela confirmaram a vitória de Nicolás Maduro, com 51,95% dos votos, para um terceiro mandato em 2025-2031. A oposição radical, representada por González e pela ex-deputada María Corina Machado, desconhece os números e alega suposta "fraude", mas evitou apresentar provas da acusação aos órgãos competentes.