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Erdogan confirma que a Turquia se unirá à denuncia da África do Sul contra Israel por genocidio

"Não importa quais atrocidades essa rede de genocídio sanguinário cometa, isso não impedirá a Turquia ou o povo turco de se solidarizar com os palestinos", disse o presidente turco.
Erdogan confirma que a Turquia se unirá à denuncia da África do Sul contra Israel por genocidioGettyimages.ru / Diego Radames/Europa Press

A Turquia enviará na quarta-feira um pedido ao Corte Internacional de Justiça (CIJ) da ONU para se juntar ao processo da África do Sul contra Israel, por genocídio, anunciou na segunda-feira o presidente turco Recep Tayyip Erdogan após uma reunião do gabinete na capital Ancara.

"Nossa equipe jurídica parlamentar apresentará nossa petição para participar do caso de genocídio contra Israel ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia", disse Erdogan citado pela Agência Anadolu. "Não importa quais atrocidades essa rede de genocídio sanguinário cometa, isso não impedirá a Turquia ou o povo turco de se solidarizar com os palestinos", acrescentou.

O mandatário destacou que Ancara está fazendo tudo o que está ao seu alcance para acabar o mais rápido possível com a "barbárie" que tirou a vida de 40.000 inocentes em Gaza nos últimos 10 meses.

Segundo Edogan, a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, na semana passada, marcou "um novo limiar na crise de Gaza", e denunciou que a postura agressiva do Governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, "desafiando as regras e a lei", está submetendo a região a cenários terríveis.

A Turquia anunciou em maio que havia decidido se juntar ao caso iniciado pela África do Sul e que apresentaria uma proposta após os preparativos legais necessários. "Estamos diante de uma escolha. Ou ficamos do lado da lei ou todos nós pagaremos o preço da opressão", disse na época o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan.

  • Em 29 de dezembro de 2023, a África do Sul apresentou uma solicitação para iniciar um processo contra Israel na CIJ em Haia em relação aos seus atos "genocidas" na Faixa de Gaza.