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"Quem pedir um golpe de Estado no estilo Pinochet será investigado": a dura resposta da Venezuela a Boric

A Procuradoria Geral da Venezuela anunciou uma investigação criminal contra María Corina Machado e Edmundo González Urrutia.
"Quem pedir um golpe de Estado no estilo Pinochet será investigado": a dura resposta da Venezuela a BoricGettyimages.ru / Arda Kucukkaya/Anadolu

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, respondeu duramente ao presidente chileno Gabriel Boric, que acusou o Governo venezuelano de processar criminalmente os líderes da oposição Edmundo González e María Corina Machado, após ambos terem publicado um comunicado declarando o primeiro como vencedor das recentes eleições e instando as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas a reconhecer o suposto resultado, que não foi certificado pelo Conselho Nacional Eleitoral.

"Quem pedir um golpe de Estado, no estilo de [Augusto] Pinochet, será investigado e julgado em nosso país. Se você se rendeu e cedeu a essa prática, o problema é seu, não nos envolva em suas falhas ideológicas e democráticas", diz parte da mensagem escrita pelo diplomata em sua conta no X.

Gil também acusou o presidente e seu Governo de se ajoelharem "diante dos excessos da ultradireita e do fascismo", ao mesmo tempo em que garantiu que em seu país há "um Estado forte e um sistema de Justiça que protege as pessoas e não as persegue", como, em sua opinião, seria o caso do Chile, "onde ser de esquerda é muito perigoso".

Boric classificou como "perseguição criminal" a investigação anunciada pela Procuradoria venezuelana sobre o polêmico comunicado e acusou Caracas de reprimir "seu próprio povo, que exige respeito à sua vontade democraticamente expressa". "Defendemos o respeito aos direitos humanos dos manifestantes e líderes da oposição", concluiu.