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Maduro diz que romperá 'relações com o WhatsApp' por esse motivo

O mandatário garantiu que números de terceiros países estão sendo usados para intimidar líderes populares.
Maduro diz que romperá 'relações com o WhatsApp' por esse motivoAP / Matias Delacroix

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou nesta segunda-feira que promoverá o abandono "voluntário" do serviço de mensagens WhatsApp*, porque a plataforma estaria sendo "usada para ameaçar a Venezuela", assim como líderes "populares" que o apoiam, no contexto do desrespeito aos resultados das eleições de 28 de julho, nas quais conquistou um terceiro mandato.

"Vou romper relações com o WhatsApp, porque eles o estão usando para ameaçar a Venezuela. Portanto, vou excluir meu WhatsApp do meu telefone para sempre. Pouco a pouco, vou transferir meus contatos para o Telegram e o WeChat" [...]. É necessário fazer isso [...] porque os criminosos ameaçam os jovens, os líderes populares, com telefones da Colômbia, Miami, Peru, Chile", disse o presidente em um evento com jovens no Palácio Miraflores, em Caracas.

Em seu discurso, afirmou que os agressores se escondem de forma "covarde", "atrás do anonimato" para perpetrar atos "fascistas". "Mas eu digo aos fascistas covardes: vocês se esconderão, mas a juventude patriótica e revolucionária está nas ruas e nós nunca nos esconderemos", asseverou.

Maduro enfatizou que "chegou a hora das definições". "Ou você está com a violência ou com a paz, ou você está com os fascistas ou com a pátria, ou você está com o imperialismo ou com a Venezuela", acrescentou.

No início da semana passada, foram registrados protestos violentos no país sul-americano, envolvendo ataques a líderes populares, infraestrutura pública, centros educacionais, centros de saúde, estações de metrô e unidades de transporte público. Ao mesmo tempo, informações falsas circularam nas redes sociais e campanhas de assédio foram desencadeadas contra ativistas pró-Chávez.

*Classificada na Rússia como uma organização extremista, cujas redes sociais são proibidas em seu território.