O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi recebido pelo seu homólogo chileno, Gabriel Boric, nesta segunda-feira no Palácio de La Moneda, a sede do Governo chileno.
Os mandatários assinaram uma série de novos acordos de cooperação para fortalecer áreas estratégicas em ambos os países.
Entre os documentos assinados estava um tratado de extradição, que, segundo Lula, permitirá a "expansão de ações de inteligência e operações conjuntas" por meio da "integração". Os líderes também concordaram com o reconhecimento recíproco de carteiras de motorista.
As delegações também assinaram um memorando de entendimento para cooperação diplomática em questões de gênero, troca de informações e organização de iniciativas conjuntas e intercâmbio de estudantes. Os ministérios das Relações Exteriores também assinaram uma declaração conjunta para celebrar a "amizade histórica" entre os dois países.
Segundo o presidente chileno, "após uma reunião bilateral frutífera" com Lula, as delegações de ambos países trabalharam na implementação de "acordos de colaboração nas áreas de saúde, desenvolvimento social, comércio, desenvolvimento humano, cultura e ciência e tecnologia".
O que Lula disse sobre a Venezuela
Após a ceremônia de assinaturas dos acordos de cooperação, os chefes de Estado deram uma declaração à imprensa.
Lula defendeu a divulgação transparente dos resultados da eleição presidencial na Venezuela, realizada em 28 de julho.
"O respeito pela tolerância e pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência pelo resultado. O compromisso com a paz é que nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre o Governo e a oposição."
Lula afirmou que revelou a Boric sobre as ações que tem realizado com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador sobre a crise venezuelana.