O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, denunciou no domingo a interferência no país latino-americano por parte da União Europeia (UE), que divulgou um comunicado no qual assegura que os resultados publicados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que dão vitória a Nicolás Maduro "não podem ser reconhecidos".
Por meio de sua conta no X, Gil atacou o alto representante da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, e exigiu que ele "tire o nariz da Venezuela".
"Respeite e fique quieto, há um povo aqui que conquistou sua independência com sangue e fogo. Seus protegidos fascistas nunca mais voltarão", afirmou, acrescentando que "a agressão da UE com Guaidó 1.0 foi derrotada, a de Guaidó 2.0 também será esmagada pela dignidade popular e suas instituições".
Na declaração da UE, Borrell ressalta "em nome" dos 27 países comunitários que, "sem evidências que os sustentem", os resultados eleitorais publicados em 2 de agosto pelo CNE "não podem ser reconhecidos", ao mesmo tempo em que pede que a seção eleitoral divulgue as atas eleitorais.
"Qualquer tentativa de atrasar a publicação completa dos registros oficiais de votação só lançará mais dúvidas sobre a credibilidade dos resultados publicados oficialmente", disse o alto representante da UE.
Sobre os dados fornecidos pela oposição, afirmou que eles foram "revisados por várias organizações independentes" e que, segundo eles, o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, "parece ser o vencedor das eleições presidenciais por uma maioria significativa".