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China rejeita plano de socorro imobiliário de U$1 trilhão do FMI - Bloomberg

China rejeita plano de socorro imobiliário de U$1 trilhão do FMI - BloombergAP / Minh Hoang

Pequim rejeitou uma proposta, feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que previa a utilização de fundos governamentais cruciais socorrer a indústria imobiliária e de construção civil. As informações foram divulgadas pela Bloomberg na sexta-feira, citando um relatório do FMI.

O plano previa que o governo chinês utilizasse recursos fiscais para concluir e entregar propriedades que foram vendidas antes da finalização da construção ou, alternativamente, para compensar os compradores dos imóveis. De acordo com o relatório, o custo dessa iniciativa representaria 5,5% do produto interno bruto (PIB) em um período de quatro anos, totalizando cerca de US$1 trilhão (equivalente a R$5,7 trilhões), com base no PIB chinês do ano passado.

"Seria inadequado para o governo central fornecer apoio fiscal diretamente, pois isso poderia levar à expectativa de um futuro resgate do governo e, portanto, a riscos morais", disse Zhang Zhengxin, diretor executivo da China ao FMI. Ele também observou que Pequim acredita na continuidade de "princípios baseados no mercado e no estado de direito ao concluir e entregar essas unidades".

As recusa ocorre em um momento em que gigantes imobiliárias chinesas, como a Evergrande, ficaram inadimplentes com as suas dívidas. Nesse contexto, Ni Hong, ministro de Habitação do país, já havia declarado que tais empresas irão à falência se necessário.

A China está lidando com o problema das habitações ociosas de sua própria maneira, conforme publicado pelo coletivo Dongsheng. Em uma ação histórica, o país anunciou a utilização de 300 bilhões de yuans (R$240 bilhões) em financiamentos, visando permitir que empresas estatais locais comprem as casas não vendidas e posteriormente as vendam como moradias mais econômicas.

O governo central também está auxiliando bancos a oferecerem empréstimos a uma taxa baixa, de apenas 1,75%. Os representantes de governos locais podem decidir se querem participar desse programa e então usar esse dinheiro para comprar as casas.