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Congresso peruano concede pensão vitalícia ao ex-presidente Alberto Fujimori

Ex-mandatário foi libertado em dezembro de 2023 após um polêmico perdão humanitário, que não o declara inocente das sentenças contra ele.
Congresso peruano concede pensão vitalícia ao ex-presidente Alberto FujimoriLegion-media.ru / imago/Xinhua

O Congresso do Peru aprovou a concessão de uma pensão vitalícia ao ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), que foi libertado da prisão em dezembro do ano passado após um polêmico indulto humanitário.

"Consequentemente, e após a verificação acima mencionada, o pedido de pensão para ex-presidentes e constituintes da república [...] apresentado pelo Sr. Alberto Fujimori é apropriado", diz um documento do Departamento de Recursos Humanos do Parlamento datado de 10 de julho.

Já em maio, a imprensa noticiou que Fujimori havia solicitado ao Congresso uma pensão de 15.600 soles (R$ 23.996), a designação de agentes de segurança do Estado e o pagamento de despesas com combustível.

25 anos de prisão

Fujimori, que foi condenado a 25 anos de prisão em 2009 por crimes contra a humanidade pelos massacres de La Cantuta e Barrios Altos na década de 1990, foi libertado após 16 anos de prisão por ordem do Tribunal Constitucional.

Além disso, Fujimori ainda deve 57 milhões de soles (mais de R$ 87 milhões) em reparações civis pelos três casos de corrupção em que foi condenado.

O jornal El Comercio lembra que a pensão vitalícia foi aprovada apesar do fato de que o perdão humanitário não o declara inocente das sentenças proferidas contra ele e que, em novembro de 2000, ele foi destituído do cargo pelo Congresso.

Em meados de julho, Keiko Fujimori, filha do ex-presidente, anunciou que seu pai tentaria governar novamente o país andino. "Meu pai e eu conversamos e decidimos juntos que ele será o candidato à presidência", declarou.