Notícias

Lavrov: A Rússia não precisa atacar ninguém, as declarações da OTAN são absurdas

"Eu vejo isso como uma tentativa de resolver o problema imediato de alocar dinheiro para a Ucrânia", disse o chanceler russo.
Lavrov: A Rússia não precisa atacar ninguém, as declarações da OTAN são absurdasGettyimages.ru / Jakub Porzycki / NurPhoto

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, classificou nesta quarta-feira como "absurdas" as declarações de autoridades da OTAN e da União Europeia de que a Rússia estaria planejando ataques contra o Ocidente.

"Ainda estou inclinado a acreditar na inteligência da liderança dos EUA e vejo isso como uma tentativa de resolver o problema imediato de alocar dinheiro para a Ucrânia", declarou Lavrov.

"Eles acham que o Congresso pode ser facilmente intimidado por esse conto de fadas" e se comprometerão a aprovar um novo pacote de ajuda multimilionário para a Ucrânia, explicou o chanceler russo.

"Estou convencido de que aqueles que dizem essas coisas entendem perfeitamente bem que isso é [...] um absurdo. Não temos nenhum desejo, nenhuma necessidade, nem militarmente, nem politicamente, nem economicamente, de atacar ninguém", declarou Lavrov.

O chefe da diplomacia russa expressou a esperança de que aqueles que alertam sobre a necessidade de se preparar para uma guerra com a Rússia ainda tenham "instintos de sobrevivência", bem como conhecimento da história mundial.

Mais cedo, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, criticou os políticos ocidentais que fazem "declarações irresponsáveis sobre uma possível guerra com a Rússia, para a qual o povo da Europa 'deve se preparar'".

"O objetivo é claro: demonizar a Rússia, intimidar o cidadão, justificar o aumento desenfreado dos gastos militares e a política completamente fracassada de apoiar o regime de Kiev com o objetivo de infligir uma derrota estratégica à Rússia", explicou. Ao mesmo tempo, os altos cargos da OTAN estão agindo para "forçar os europeus a participar da corrida armamentista com ainda mais vigor, para o deleite do complexo militar-industrial dos EUA", concluiu Grushko.