O que se sabe sobre a histórica troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente?

O jornalista espanhol Pablo Gonzalez é um dos que foi trocados.

Nesta quinta-feira, a Rússia e o Ocidente realizaram uma troca de prisioneiros considerada uma das maiores em décadas.

A troca foi coordenada pela Organização Nacional de Inteligência da Turquia. A mídia turca informou que 26 prisioneiros de sete países foram trocados: Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Eslovênia, Noruega, Rússia e Belarus.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) anunciou que oito cidadãos russos foram trocados e em breve retornarão à Rússia.

Como parte da troca, o jornalista espanhol Pablo Gonzalez foi trocado "por um jornalista norte-americano" e enviado para a Rússia, "seu país de nascimento", disse seu advogado, Gonzalo Boye, à RT.

Gonzalez estava trabalhando como fotojornalista na Polônia, perto da fronteira com a Ucrânia, em fevereiro de 2022, quando foi preso pelas autoridades polonesas e acusado de espionagem.

De acordo com Boye, essa troca "representa um marco significativo em favor da liberdade de todos os jornalistas que estão atualmente presos em vários países". "Razões humanitárias foram primordiais nessa decisão, reconhecendo o valor e a importância do jornalismo na sociedade", acrescentou.

Segundo relatos, eles também foram enviados para a Rússia, entre outros países:

Indultos de Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou decretos perdoando várias pessoas condenadas no país euro-asiático. "A decisão de assinar os decretos foi tomada para devolver cidadãos russos detidos e presos em países estrangeiros", diz o comunicado.

O Kremlin também enfatizou que "o lado russo agradece ao presidente bielorrusso [Alexander] Lukashenko por seu gesto de boa vontade e pelo perdão do cidadão alemão Rico Krieger, que foi condenado à morte" e agradece "aos líderes de todos os países que cooperaram na preparação da troca".

Prisioneiros russos a serem enviados para o Ocidente