A União Europeia não conseguiu emitir um documento unificado em nome de todos os Estados membros sobre as eleições presidenciais na Venezuela porque a Hungria o veto, noticiou nesta quarta-feira o jornal Politico, citando fontes.
"Os países da UE queriam adotar uma declaração conjunta expressando preocupação com o resultado na segunda-feira, mas a posição de Budapeste os impediu de fazê-lo", explicou o veículo. O documento vetado expressava preocupação com as supostas "irregularidades" durante as eleições venezuelanas e pedia "maior transparência".
Em resposta, o alto representante da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, emitiu uma série de declarações em seu próprio nome, exigindo que o Conselho Nacional Eleitoral fornecesse acesso imediato às atas de todas as seções eleitorais. "Até que as atas sejam tornadas públicas e verificadas, os resultados eleitorais já declarados não poderão ser reconhecidos", alertou Borrell.
O mandatário da Venezuela, Nicolás Maduro, foi proclamado presidente pelas autoridades do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) após vencer as eleições do último domingo.
Nos dias que se seguiram, houve vários surtos de violência no país latino-americano promovidos pelo setor mais extremista da oposição, que, segundo Maduro, são o resultado de um plano arquitetado meses atrás, envolvendo, entre outros, o Governo dos EUA e "traficantes de drogas colombianos".