Irã considera os EUA cúmplices no assassinato do líder do Hamas
O Ministério das Relações Exteriores do Irã classificou o Governo dos EUA como cúmplice de Israel no assassinato de Ismail Haniya, líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe).
Segundo um comunicado da pasta, divulgado nesta quarta-feira, esse assassinato "é outra prova da natureza terrorista e um sinal da natureza agressiva e violadora da lei da máfia criminosa que governa a terra palestina ocupada". Teerã acredita que o principal objetivo do ataque ao chefe do politburo do Hamas é "aumentar a instabilidade no Oriente Médio".
"Esse ato terrorista não é apenas uma violação flagrante dos princípios e normas do direito internacional e da Carta da ONU, mas também uma grave ameaça à paz e à segurança regional e internacional", acrescentou o comunicado.
"O Governo norte-americano, como apoiador e cúmplice do regime sionista na ocupação contínua e no genocídio dos palestinos, é responsável por cometer esse ato hediondo de terrorismo", concluiu a Chancelaria.
Amichay Eliyahu, atual ministro do Patrimônio de Israel, compartilhou uma mensagem em sua conta oficial no X minutos após a notícia. "Essa é a maneira correta de limpar o mundo dessa sujeira. Não há mais acordos imaginários de 'paz'/rendição, não há mais misericórdia para esses mortais", escreveu. No entanto, Israel não comentou oficialmente ou assumiu a responsabilidade pelo ataque.
- Ismail Haniyeh foi assassinado na manhã de quarta-feira em um ataque contra sua residência em Teerã. Haniya estava na capital persa para participar da posse do presidente eleito Masoud Pezeshkian que ocurreu na terça-feira.